New York, nos EUA, decidiu proibir o uso de poliestireno expandido (EPS), após mais de um ano de debates e estudos para verificar se o EPS poderia ser efetivamente reciclado.
Segundo o prefeito Bill de Blasio, os produtos de EPS causam danos ao meio ambiente. O departamento de Saneamento divulgou estimativa de recolher 28.5 mil toneladas de EPS até o final de 2014, onde 90% do material é proveniente de produtos descartáveis para serviços de alimentação. Segundo o departamento, este tipo de resíduo não pode ser reciclado ou reutilizado e não será incluso no programa de reciclagem da cidade, que já inclui metal, vidro e outros plásticos.
New York segue outras grandes cidades como Washington, San Francisco, Portland e Seattle e torna-se a maior cidade dos EUA a proibir o EPS. Segundo as autoridades da cidade, o EPS tem sido caracterizada como uma escolha segura e economicamente vantajosa por muito tempo, no entanto o material é uma grande ameaça para o ecossistema da cidade e à sustentabilidade ambiental; eles acreditam que a atitude deve influenciar também outras localidades a também banir a utilização do material.
A proibição entra em vigor em 01 de julho de 2015, mas a cidade concederá um período de carência de seis meses, até 01 de janeiro de 2016, para a imposição de multas e durante o primeiro ano as empresas serão avisadas sobre a proibição.
As pequenas empresas e grupos sem fins lucrativos, com menos de US$ 500 mil de receita anual poderão se inscrever no que é chamado de “exceções de dificuldades”, onde as empresas e grupos terão que provar que a compra de produtos alternativos aos produtos de EPS criarão dificuldades financeiras indevidas à empresa.
Grupos ambientalistas apoiaram a proibição, porém empresas que trabalham com o EPS e que haviam sugerido a reciclagem como alternativa já se manifestaram. A organização American Chemistry Council (ACC), pediu que New York reconsidere a sua decisão, indicando que existe demanda pelo material e que a cidade poderia reciclar as embalagens de EPS com base na experiência de programas de reciclagem existentes em outras cidades.
A Plastics Foodservice Packaging Group (PFPG), uma parte da ACC, criou programas para educar o público sobre a importância e os benefícios da embalagem de plástico para foodservice. Os membros da PFPG incluem os principais fornecedores da resina, bem como fabricantes de produtos de foodservice de plástico.
Segundo as empresas, as restrições à embalagem de EPS para foodservice poderão prejudicar a economia local. Somente em New York, quatro empresas de embalagens para foodservice de EPS possuem nove unidades industriais que empregam cerca de 1.500 pessoas e contribuem com cerca de US$ 2,3 milhões em impostos estaduais. Essas empresas distribuem embalagens para restaurantes, loja de conveniência, escolas, hospitais e outros estabelecimentos na região. Alternativas para substituir embalagens de EPS para foodservice normalmente são duas a cinco vezes mais caras que as embalagens tradicionais.
Fonte: MaxiQuim