A empresa alemã Bayer, gigante no ramo de químicos e farmacêuticos, chegou a um acordo com a americana Monsanto para a compra da empresa por US$ 128 por ação, totalizando US$ 66 bilhões. As empresas enviaram um comunicado à mídia internacional na última quarta-feira, dizendo que aprovam o acordo com unanimidade, e que se dizem felizes em anunciar a combinação de duas grandes organizações mundiais.
Segundo a Bayer, o acordo representa um grande passo no ramo agrícola e reforça a posição da Bayer em inovação global. A empresa já tinha feito outra tentativa de oferta para a aquisição da Monsanto no começo do ano, que havia sido rejeitada. Entretanto, a empresa alemã deixou claro, desde a primeira oferta, o interesse na Monsanto em função do mercado da empresa combinar perfeitamente com as atividades agrícolas da Bayer, e em razão disso, no começo do mês, que tinha aumentado o valor da oferta.
O acordo vai criar um “líder global em agricultura” com vendas combinadas de cerca de 23 bilhões de euros por ano (US$ 25,8 bilhões), e dominará mais de um quarto do mercado mundial combinado para sementes e pesticidas.
Em uma conferência de imprensa, executivos das empresas disseram que iriam buscar a aprovação de 30 agências reguladoras em todo o mundo, incluindo países como Estados Unidos, Canadá, Brasil e China. Eles se recusaram a especular sobre a possibilidade de surgir problemas durante a revisão do acordo, acrescentando que essa possibilidade é mínima.
Muitos produtores e analistas brasileiros mostram desconfiança perante esse novo acordo. Rui Prado, presidente da Famato (Federação da Agricultura do Estado de Mato Grosso), alerta que a agricultura mundial está ficando na mão de poucos grupos e os insumos monopolizados. Já para Endrigo Dalcin, presiente da Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso), em um primeiro momento essa união, e consequentemente redução da competição é preocupante, mas que é preciso lembrar que a Bayer é uma das empresas que mais investe em pesquisa, o que poderá trazer benefícios no futuro.
Fonte: MaxiQuim