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Butantan acelera desenvolvimento de vacina da dengue

O Instituto Butantan quer acelerar o desenvolvimento de uma vacina da dengue, capaz de proteger contra os quatro tipos de vírus existentes com uma única dose, diante do surto que atinge o País. Ao mesmo tempo em que se movimenta para iniciar a última etapa de ensaios clínicos, o instituto quer estreitar relações com a indústria farmacêutica, de capital nacional e estrangeiro, ampliar a transferência de conhecimento da academia para empresas e colocar o País no mesmo caminho daqueles que estão na vanguarda do desenvolvimento de medicamentos.

“Não havia, no País, valorização do conhecimento porque o mercado é grande e era possível copiar produtos de fora”, disse ao Valor o diretor do Instituto Butantan, o médico Jorge Kalil. “Mas o Butantan produz conhecimento e inovação e quer efetivamente interagir com as empresas. Sem falsa modéstia, não sei se existe inovação em outro lugar como fazemos aqui”, acrescentou.

Neste momento, todos os esforços estão concentrados na proteção contra a dengue. O instituto, que é vinculado à Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, protocolou na sexta-feira, na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), um pedido de antecipação do início da última fase de testes da vacina, que envolverá cerca de 17 mil voluntários em todas as regiões do País. Dois terços dessa população vão receber a vacina e um terço, placebo.

É nessa fase que será determinada a eficácia do medicamento. De qualquer maneira, na fase I, realizada nos Estados Unidos, mais de 90% dos 600 voluntários que receberam a vacina com a mesma característica da desenvolvida pelo Butantan tiveram resposta imunológica para os quatro tipos de vírus de maneira balanceada. O instituto já conta com uma fábrica apta à produção, com capacidade para 12 milhões de doses por ano. Com a construção de outra unidade de produção, a capacidade chegará, inicialmente, a 60 milhões de doses por ano. Com o aval da Anvisa, a vacina estará disponível já no primeiro trimestre de 2016 – ante previsão inicial de 2018.

Segundo Kalil, a antecipação da terceira fase de testes deve-se à segurança e eficácia verificadas nos testes realizados até agora. “A prioridade zero é a vacina da dengue. Com o mínimo de perda de tempo, em um ano teríamos a distribuição”, contou. O desenvolvimento da vacina foi possível graças a uma parceria com o Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NIH, na sigla em inglês), iniciada em 2010. O Butantan deu continuidade aos estudos do centro americano e chegou a uma vacina semelhante à de febre amarela, produzida a partir do vírus vivo atenuado e distribuída em pó, o que amplia o prazo de validade.

A proteção contra a dengue, porém, é apenas um dos diversos projetos de inovação desenvolvidos pelo instituto, cujo faturamento, nos últimos quatro anos, passou de R$ 230 milhões para R$ 1,2 bilhão ao ano, cifra que poderá crescer com a aproximação aos laboratórios. “Grandes empresas nacionais foram ou estão baseadas em institutos de pesquisa. É isso que podemos buscar”, comentou Kalil.

Atualmente, há 40 patentes sendo trabalhadas pelo instituto, das quais 15 em parceria com a iniciativa privada, na área de coagulação, antitumorais, entre outros. Na área de inovação radical, além da vacina de dengue, o Butantan está estudando a produção de um soro antiápico, contra o envenenamento por múltiplas picadas de abelha. O instituto também quer desenvolver uma vacina de rotavírus, outra contra o vírus HIV e uma contra coqueluche sem efeitos colaterais, com aplicação potencial em adolescentes e adultos. Entre muitos outros projetos.

Essa transferência de conhecimento e trabalho em parceria ocorreria por meio de uma “nova” entidade, o Instituto de Inovaçãoem Biotecnologia Butantan(IIBB), construído em uma área do Paço das Artes, dentro do campus da USP, no bairro do Butantã (SP). Ali, seriam reunidos todos os laboratórios de pesquisa e todas as plataformas tecnológicas. Outra área, no mesmo prédio, abrigaria laboratórios que podem ser compartilhados com outras empresas.

Com esse formato, disse Kalil, será possível ampliar a integração entre conhecimento e produção – a própria USP já declarou interesse em participar do empreendimento, que já foi apresentado aos governos estadual e federal. “Teríamos uma área de inovação real.”

 

Fonte: Valor Econômico – 13/04/2015 / PROTEC

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