O Ministro de Minas e Energia participou, junto ao presidente da república, da inauguração da 8ª cascata de ultracentrífugas da usina na Fábrica de Combustível Nuclear, em Resende, no RJ. Com isso, a INB aumenta em 20% a produção de urânio, sendo possível produzir 60% do necessário para abastecer a Usina Angra 1.
Em 2019, o Governo Federal investiu R$ 18 milhões no projeto. Com o aumento da produção, a INB somará o equivalente a R$ 6 milhões de economia de divisas ao montante de R$ 36 milhões anuais já economizados com a produção das sete cascatas em funcionamento. A cada avanço na ampliação da Usina de Enriquecimento de Urânio, a INB reduz a necessidade de comprar urânio enriquecido no exterior para a produção de combustível para as usinas nucleares nacionais.
A inauguração faz parte da primeira fase da implantação da Usina de Enriquecimento Isotópico de Urânio, um projeto em parceria com a Marinha do Brasil, que visa a instalação de dez cascatas de ultracentrífugas. Previsto para ser concluído em 2021, ao final, o projeto atenderá 80% da demanda de Angra 1. A 9ª cascata está com parte da estrutura pronta, aguardando instalação da ultracentrífuga pela Marinha. A previsão é que seja inaugurada no final de 2020.
O Brasil faz parte de um grupo de 12 países reconhecidos internacionalmente pelo setor nuclear como detentores de instalações para enriquecimento de urânio com diferentes capacidades industriais de produção. São eles: Estados Unidos, China, França, Japão, Paquistão, Rússia, Holanda, Índia, Irã, Alemanha e Inglaterra.
A INB produz urânio enriquecido a até 5% em peso do isótopo 235 para a fabricação dos combustíveis que abastecem as usinas de Angra 1 e 2 e, no futuro, Angra 3. A tecnologia de enriquecimento do urânio, pelo processo da ultracentrifugação, foi desenvolvida no Brasil pelo Centro Tecnológico da Marinha de São Paulo (CTMSP), em parceria com o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), órgão ligado à Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).