A Bayer MaterialScience pretende investir 15 milhões de euros na construção de uma linha de produção na sua planta em Dormagen, na Alemanha, que usará o CO2, o gás do efeito estufa, para produzir o precursor para espuma de poliuretano premium. Essa linha terá uma capacidade anual de produção de 5.000 toneladas. O pedido de autorização será submetido à autoridade do distrito de Colônia nas próximas semanas. O objetivo do projeto intitulado “Dream Production” é lançar os primeiros polióis com base no CO2 no mercado já em 2016. Indústrias de polióis e poliuretanos demonstraram considerável interesse já.
O processo de manufatura foi desenvolvido pela Bayer MaterialScience em colaboração com parceiros na indústria e centros acadêmicos de pesquisa. A companhia descobriu o catalisador que confere a eficiência necessária para a reação química e o desenvolveu juntamente com a unidade de pesquisa CAT Catalytic Center em Aachen, na Alemanha. O processo foi bastante testado na planta piloto em Leverkusen, como parte do projeto de pesquisa “Dream Production”, assim como foi acompanhado de um estudo da demanda do mercado.
Nos dias de hoje, polióis de alta qualidade com base em CO2 não estão atualmente disponíveis em escala comercial, de modo que esses novos polióis da Bayer MaterialScience possuem o mesmo nível de qualidade dos métodos de produção convencionais e ainda um impacto mais sustentável. Isso porque, ao utilizar o CO2 como um bloco base de construção permite a redução da quantidade óxido de propileno, matéria-prima de origem do petróleo, da qual normalmente os polióis são feitos completamente. Assim, o balanço de CO2 do novo processo é bem melhor do que o convencional.
De acordo com o CEO da Bayer MaterialScience, Patrick Thomas, melhorar a sustentabilidade em tudo o que fazem é uma parte integral da estratégia de negócios deles e esse princípio é implementado no projeto “Dream Production”. Ele completa ainda que, ao conseguirem tornar um gás residual, que é potencialmente prejudicial à atmosfera pelo efeito-estufa, em matéria prima útil, estão ajudando o meio-ambiente e humanidade, de maneira que todos possam se beneficiar.
O novo poliol é utilizado para a produção de espumas de poliuretano, presentes em muitos itens do dia-a-dia, como móveis estofados, sapatos e partes de automóveis, assim como são utilizadas para isolamento térmico em edifícios e equipamento de refrigeração. Mas o campo principal de aplicação deverá ser a produção de colchões, segundo Dr. Karsten Malsch, gerente do projeto “Dream Production” na Bayer MaterialScience.
Fonte: MaxiQuim