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Empresas elevam preços no mercado internacional e ainda veem demanda

Interrupção de unidade na China e férias em fábricas no hemisfério norte ajudam a manter as vendas das brasileiras. Para analistas, aumento da produção no País impactará no longo prazo

São Paulo – As empresas brasileiras de celulose avaliam que a demanda externa segue forte o suficiente para absorver os aumentos de preço praticados em 2015, mesmo diante do cenário de ampliação da oferta e de maior pressão sobre a indústria chinesa de papel.

De acordo com executivos da Fibria e da Eldorado, os clientes internacionais não mostraram resistência à elevação dos preços da celulose de fibra curta comercializada pelo Brasil. Eles apontam a parada de uma fábrica na China, devido a problemas com abastecimento de água, e o aumento da venda global de papéis para explicar o comportamento do mercado.

“Nossos negócios na Ásia não apresentaram nenhuma redução de volumes”, afirmou o diretor comercial e de logística internacional da Fibria, Henri Philippe van Keer. “Além disso, na nossa visão, a Europa está pronta para retomar o crescimento, o mercado norte-americano segue muito bom e a tendência de substituição do papel reciclado por fibra virgem ajudou a segurar as vendas”, disse.

Para o presidente da Eldorado Brasil, José Carlos Grubisich, o verão no hemisfério norte, quando algumas fabricantes de celulose entram em férias, também deve impulsionar a demanda pelo produto brasileiro e manter os preços nos níveis atuais. “Nós acreditamos que não haverá nenhuma perturbação muito expressiva nos preços”, garantiu o executivo.

Ao longo do segundo semestre deste ano, por outro lado, o preço da commodity no mercado internacional pode se acomodar e deve até recuar levemente, aponta o analista de investimentos da Coinvalores Felipe Martins Silveira. Com o início da operação da nova unidade da CMPC Celulose Riograndense, que vai adicionar 1,3 bilhão de toneladas de celulose por ano à oferta brasileira, deverá pressionar as margens das companhias produtoras. De acordo com o analista, em 2016 a situação só piora, com a entrada da nova linha da Klabin, capaz de fabricar 1,5 milhão de toneladas anuais da commodity.

“De fato estamos em um momento de preços bastante altos para a celulose”, confirma o analista da XP Investimentos Ricardo Kim. “Na nossa opinião é muito cedo para se falar em uma tendência de queda, mas esperamos um impacto maior no longo prazo.”

Os preços praticados pela Fibria no mercado externo aumentaram US$ 20 por tonelada. A Eldorado promoveu uma alta de US$ 10 por tonelada.

 

Receitas em alta

A Fibria informou nesta quinta-feira (23) uma alta de 36% na receita líquida durante o segundo trimestre de 2015, na comparação com o mesmo período do ano passado. A companhia faturou R$ 2,309 bilhões entre abril e junho, impulsionada principalmente pelos aumentos nos preços da celulose vendida no exterior e pela valorização do dólar frente ao real.

O volume de vendas da empresa recuou 4% em relação ao segundo trimestre de 2014, mas ainda assim representou o segundo melhor resultado da história da empresa. O lucro líquido também caiu na comparação anual, quase 2,8%, para R$ 614 milhões. O valor foi impactado negativamente pelo Imposto de Renda diferido, no valor de R$ 375 milhões.

Segundo Marcelo Castelli, presidente da empresa, a demanda se manteve forte em todos os mercados, tanto no segmento de papel sanitário na Ásia como no setor de Impressão na Europa. “Uma prova disso é que tivemos a absorção muito rápida do aumento que havíamos anunciado no começo do trimestre”, afirmou o executivo. Van Keer estendeu a avaliação e disse que no mês de julho também houve uma aceitação do novo preço praticado desde o mês anterior.
A companhia anunciou ainda que já deu início às aquisições para a ampliação da unidade de Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, com a aquisição de equipamentos para infraestrutura, do sistema para transmissão da energia gerada na fábrica e de turbogeradores, além de motores, bombas e válvulas.

Castelli tentou apaziguar qualquer dúvida em relação à capacidade da empresa de equacionar o financiamento necessário à construção da nova linha de produção e garantiu que a baixa exposição da empresa ao mercado brasileiro ajuda a garantir o acesso aos recursos pretendidos.
A Klabin, que também publicou ontem seu balanço, teve um crescimento de 16% na receita no segundo trimestre ante os mesmos meses de 2014. O lucro líquido da companhia também aumentou cerca de 21% entre abril e junho na comparação com o ano passado. O volume de vendas da empresa passou de 419 mil para 435 mil toneladas.

Para Silveira, analista da Coinvalores, os resultados vieram um pouco acima do esperado. Segundo ele, apesar da exposição maior da fabricante de celulose e papel ao mercado brasileiro, seu portfólio de produtos garante uma demanda mais resistente. A Klabin, explica o especialista, trabalha com a indústria alimentícia, que, em geral, resiste melhor às variações econômicas.

 

Autor: Thiago Moreno
Fonte: DCI – Diário Comércio, Indústria e Serviços / Brazilian Pharma Solution

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