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Cresce uso do real no comércio exterior, revela estudo

Estudo realizado por técnico do Banco Central afasta a ideia de que o real não é usado em operações de comércio exterior. Revisando as séries de dados no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio entre 2007 e 2011, foi constatado aumento de nove vezes na escolha do real como moeda de troca.
“O real é, de fato, usado de forma voluntária em operações de comércio e estabelecemos que ele tem algum papel internacional, ao menos como meio de troca para um grupo de agentes”, diz Daniel Gersten Reiss, da Universidade de Brasília e do BC na conclusão do estudo “Invoice Currency: puzzling evidence and new questions from Brasil” (“Moeda de fatura: evidências intrigantes e novas questões do Brasil”, em tradução livre), que faz parte de um conjunto mais amplo de estudos que buscam avaliar o papel da moeda brasileira no comércio global. O estudo não necessariamente reflete a avaliação do BC sobre o tema.
Embora limitado em volume, saindo de 0,13% da corrente de comércio em 2009 para 1,25% em 2011, o crescimento não deixa de ser significativo. Os pesquisadores identificaram que, no Brasil, não há coincidência entre a moeda usada para faturar e para efetuar pagamentos. Ou seja, embora faturado em reais, o pagamento não é liquidado na moeda brasileira. Eles observaram que as principais exportações faturadas em reais são de produtos homogêneos (açúcar e tabaco), sugerindo que resta algum poder de barganha ainda que os produtos sejam comercializados em mercados internacionais.
O resultado contradiz a expectativa de que, por serem commodities, esses bens seriam negociados em moeda internacional. Esse poder de barganha decorre da posição do país nesses mercados, onde representa 40% da exportação global de açúcar e 12% de tabaco.
“A partir da perspectiva do real, definitivamente nos afastamos da ideia de que o real não é utilizado no comércio exterior brasileiro. Ainda que seu uso seja limitado em valores absolutos, um crescimento de nove vezes é observado entre 2007 e 2011. A partir de agora, novas intrigantes questões sobre o uso da moeda brasileira podem ser formuladas”, diz o estudo.
Em outubro de 2008, Brasil e Argentina lançaram o Sistema de Pagamento em Moeda Local (SML), que permite às partes envolvidas em operações de comércio exterior fechar contratos em suas respectivas moedas. Segundo o estudo, a adoção do sistema contribuiu, em parte, para um maior uso do real, não só no comércio com a Argentina, mas também com outros países. O fato é que a existência de um instrumento financeiro acaba influenciando a escolha. Em dezembro de 2014, um SML começou a funcionar com o Uruguai.
Ente os países que escolheram o real como moeda de comércio, os parceiros do Mercosul (Argentina, Paraguai e Uruguai) responderam por 85% das operações de exportação entre 2007 e 2010 e 53% em 2011. Mas há aumento na difusão entre os países que usaram a moeda brasileira em operações de exportação, de 24 em 2007 para 96 em 2011. Na exportação, os produtos mais negociados em reais foram energia, tabaco e açúcar. Na importação, os bens farmacêuticos foram os mais importados usando o real, com destaque para operações com Alemanha, Estados Unidos e Suíça. Segundo o estudo, uma das explicações para esse tipo de empresa optar pelo real é tentar mitigar variações cambiais entre matrizes e subsidiárias. Depois aparecem equipamentos elétricos e de construção de ferrovias.
Exportações pagas em reais não eram permitidas até abril de 2007. Isso refletia a falta de moeda estrangeira e a obrigação de receber receitas de comércio em dólares era uma forma de lidar com o problema. As mudanças de ambiente macroeconômico acabaram com essas dificuldades.
O dólar representa 95% das transações de exportação, seguido pelo euro e por outras moedas com participação residual, como libra, iene, coroa sueca, dólar canadense, dólar australiano, franco suíço, coroa norueguesa e coroa dinamarquesa. Na importação, a fatia do dólar cai, mas ainda representa 85%, seguido pelo euro e pelo real.
Segundo o estudo, um ponto que desafia o crescimento do real nas operações comerciais é a volatilidade da moeda. Como os dados de comércio exterior são reportados em dólares, o impacto da variação do real e de outras moedas ante o dólar tem de ser considerado. Mesmo colocando na conta esse efeito, o uso do real aumentou.
A internacionalização de uma moeda passa por seu reconhecimento como meio de troca e unidade de conta para além das fronteiras do país emissor. Toda vez que importador e exportador escolhem determinada moeda para fechar negócio, estão reconhecendo essas qualidades da moeda.
A escolha da moeda leva em conta os custos financeiros, qual produto está sendo negociado -¬ se é uma commodity globalmente negociada em dólares, é mais barato trabalhar com essa moeda¬ e a previsibilidade macroeconômica do país emissor, o que ajuda a reduzir a volatilidade sobre a receita esperada.

Autor: Eduardo Campos
Fonte: Valor Econômica
Retirado de: Brazil Pharma Solutions

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